segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Vam-bóra

É, acho que aos poucos as coisas vão se acertando... vão assentando-se no seu devido lugar. Confesso que o difícil é esperar por isso, afinal é como esperar um carro pesado passar, levantando uma agressiva poeira, que dói os olhos e resseca a garganta. É inevitável: você fecha os olhos, a boca e faz cara feia. Depois que a poeira abaixa, notamos que ela assenta-se em tudo, inclusive em você, no seu cabelo, rosto... o carro pesado já se fora, mas o resultado fica em sua volta e em você também. Tudo bem se pensarmos que é normal dividirmos tudo, quando se divide a mesma estrada.
Quero desamassar minha vida.
E isso é mesmo bom!
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quinta-feira, 20 de setembro de 2007



lágrima é dor derretida
dor endurecida é tumor
lágrima é alegria derretida
alegria endurecida é tumor
lágrima é raiva derretida
raiva endurecida é tumor
lágrima é pessoa derretida
pessoa endurecida é tumor
tempo endurecido é tumor
tempo derretido é poema

(Viviane Mosé)



domingo, 16 de setembro de 2007

Minha vida num vídeo-clipe, na minha mão esquerda o controle-remoto e no olhar espanto.

Tenho andado embasbacada e parada eu sou alheia a tudo.

MoNtAnHa-RuSsA de trás pra frente.

Stop.




Exemplificação
http://br.youtube.com/watch?v=V3Kd7IGPyeg

quarta-feira, 12 de setembro de 2007




Começaria arrancando um tufo de cabelo da cabeça grande dela... certamente ela começaria a chorar com aquela voz irritante e nesse instante eu quebraria os dentes dela com um cano de ferro que estaria caído bem ao meu lado. Não me bastaria, a arrastaria pelos cabelos e jogaria terra nos olhos dela. Quebraria a unha do seu dedo mindinho com uma pedra e a sufocaria com uma saia preta até ela desmaiar. A deixaria ali, caída, desajustada, decomposta, sangrando... Sentaria em suas costa e escreveria um bilhete dizendo o quanto a acho medíocre, daninha, rasteira, problemática e neurastênica. Daria um último chute em seu estômago e deixaria o bilhete grudado no sangue que escorreria de seu ouvido.




Sim é o que a raiva me faz pensar bem forte.


Mas como não sou violenta, sou uma mulher pacífica e racional apenas a ignoro.


E morro de ódio.


Ahhhhhhhhhhhh

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Let's break a cup.

Ontem, depois de muito tempo, fui a um bar das antigas, com uma amiga das antigas. Ah isso já tem cara de bêbinhas, né? Sim, exatamente.
Mas foi engraçado porque entrei naquelas demoradas análises do comportamento alheio e tudo voltava a parecer surreal demais pra mim. Pessoas bebendo, rindo alto, quebrando copo (inclusive havia uma mocinha a qual entitulamos de Primeira Dama que quebrou três! Poderia ter nascido uma grega.), cantando música em voz alta e de forma extravagante, azaração, uau que agito sensacional... Nada... numa olhada mais seca e realista da vida, aquele é um local fechado, um quadrado onde toca música e as pessoas compram bebidas, se alcoolizam pra conseguir relaxar, assim rir, assim paquerar, assim falar-falar-falar, assim se acham bonitos, interessantes. Nada mais é que um lugar qualquer, com uma banda sofrível tocando Ultrage à Rigor (argh!) e vendendo alegria engarrafada.


E eu ali, parada e me divertindo ou não com o que acontecia ao meu lado.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

inatividade.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

domingo, 2 de setembro de 2007

constatação - série 8001


- estou em crise porque abandonei minha vida às festanças da preguiça que deitou e rolou em mim.


sábado, 1 de setembro de 2007

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Às vezes a calçada que falta aos teus pés é a minha que me sobra.
E tropeçamos e caímos então. Mas isso já é problema nosso.


Only it.