quarta-feira, 20 de julho de 2005

Aquela tarde tão rosa
tão clara e viva, chegou
me trazendo sussurros
me cercando de juras
me entregando certezas
de que um dia
tudo estaria no lugar
Mas tudo o que vem
traz comédias e dramas
e não seria diferente
com minha tarde cor-de-rosa
que trouxe numa caixinha,
embrulhada de lembranças,
muita esperança enfeitada
com rendas de sentimento bom
Minha Tarde sorriu espantada,
pensou que me encontraria
desiludida e escurecida
Pois o que ela sabia
era o que o vento segredou
e lhe enviou por uma folha amarelada,
rodopiando quase seca, disse assim:
- Nesses anos todos, Rosa Tarde,
ela não foi nem um terço,
muito menos um rosário
do que queria ser.
Sorri e lhe expliquei
para que não se aborrecesse
afinal a vida seguia
e o desencanto seria
a raíz do meu mais belo fruto
"Me dê seis meses
me dê uma mudança de estação
espere que o tempo dê o gosto do passado
naquele amarelo sem gosto.
E com toda vontade de ser pra sempre
estacionarei um sorriso
e criarei garras
com as quais levarei,
através do mesmo vento alcoviteiro,
belas notícias
à senhora, Mãe-Tarde-Rosa"
Que também entende
e muito aguarda
o final do meu resguardo

Jun/04

Meu momento Simbolista...

Um comentário:

Santa Sofía de La Piedad disse...

Acho que saquei, Julieta... ainda tem essas músicas idiotas, né?(Castelo dos destinos cruzados - Engºs do Hawaii)