Sinto-me presa numa caixa tão espaçosa quanto uma de fósforos... Não falta ar, é verdade, mas sinto falta da luz, de correr pela rua, de dançar na música.
Vez ou outra abre-se uma fresta da tampa superior, num espaço que dê para passar uma mão, e ela me entrega anestésicos, tranqüilizantes, anti-inflamatórios e cds da Alanis. Fiquei realmente chateada porque até já aprendi a engolir comprimidos sem água, mas não tenho uma CD Player.
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Eu ouço as estrelas conspirando contra mim * Eu sei que as plantas me vigiam do jardim * As luzes querem me ofuscar * Eu só quero que essa luz me cegue * Nem cinco minutos guardados dentro de cada cigarro * Não há pára-brisa pra limpar, nem vidros no teu carro * O meu corpo não quer descansar * Não há guarda-chuva contra o amor * O teu perfume quer me envenenar * Minha mente gira como um ventilador * A chama do teu isqueiro quer incendiar a cidade * Teus pés vão girando igual aos da porta estandarte * Tanto faz qual é a cor da sua blusa * Tanto faz a roupa que você usa * Faça calor ou faça frio * É sempre carnaval no Brasil * Eu estou no meio da rua * Você está no meio de tudo * O teu relógio quer acelerar,quer apressar os meus passos * Não há pára-raio contra o que vem de baixo.
Um comentário:
Excelente, bonequinha, excelente...
BEIJOS
Dindinha
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