quarta-feira, 5 de agosto de 2009


"Eu hoje joguei tanta coisa fora. Eu vi o meu passado passar por mim. Cartas e fotografias gente que foi embora. A casa fica bem melhor assim"
{Paralamas do Sucesso}
Não há nada que mude minha visão do mundo, a forma como o vejo. E o que vejo não é animador, mas é excitante {anyway}.
Não penso que tenha um olhar diferente dos outros mortais, não me sinto como Alice no país Maravilha, nem acho que eu tenha as maiores sacadas. Mas sei que o micro que vejo, não é o mesmo de quem está andando ao meu lado, mirando a mesma coisa. O que diferencia um olhar é mesmo sua compreensão. --Acho mesmo incrível essas possibilidades que nos tornam diferentes uns dos outros-- E tenho olhado muito o mundo {não só passado por ele} com meus olhos de clínica. E tenho tido muitas compreensões.
Não teria como falar de todas que tenho ao longo do dia. Nem quereria tanto trabalho.
Ficou na minha cabeça enquanto olhava as pessoas no trem:
Que elas andam para lá e para cá, num balé não-ensaiado, cada qual com seu motivo, todas com medo, um medo velado de muitas procedências. Não param de andar e de fazer, de realizar e de trabalhar, sorrir, ir, aceitar... por medo. Medo de perder o trabalho, o dinheiro, os amigos, o tempo, a sanidade, medo de parar e só parar. Daí ficam como as vejo todos os dias, há 30 anos, com cara de insatisfação garantida, frustração, medo, medo, medo. Quais serão MEUS medos?
Ontem falávamos que o pensar nos diferencia dos outros animais nos tornando seres neuróticos... rsrsrsrs será?

Um comentário:

Sheila disse...

Essa é a ótica de uma pessoa ímpar como você!