sábado, 10 de maio de 2008

Marcha da Maconha é proibida em algumas cidades


Uma afronta a liberdade de expressão aconteceu no Brasil neste domingo (4 de maio). A Marcha da Maconha, evento mundial que reivindica a legalização da planta *Cannabis*, foi proibida nas cidades de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza, Cuiabá, Salvador, Belo Horizonte e João Pessoa. Para realização da marcha, os organizadores se baseiam no inciso XVI do Artigo 5º da Constituição Federal que diz: "Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente". As justiças locais que vedaram a livre manifestação utilizaram-se dos argumentos de que a marcha vai contra à família, de que é apologia ao consumo e tráfico de entorpecentes e de que os site oficial da marcha tem domínio no estrangeiro e não responde às leis brasileiras.

É válido lembrar que a Marcha da Maconha é totalmente pacífica além de resgatar a solidariedade e proíbir a utilização da maconha e a presença de menores de 18 anos nos locais onde são realizadas. O fato da legislação brasileira não obter regulação para internet, não é problema dos organizadores da marcha. A reinvindicação dos manifestantes é de que ela seja liberada para fins medicinais, espirituais, industriais e recreativos. Sabe-se que o preconceito com uma das ervas mais consumidas do mundo vem da intolerância infundada praticada nos Estados Unidos no século passado. É fato também o consumo diário por todo Brasil, mesmo sendo ilegal, situação análoga ao aborto.

A Marcha da Maconha aconteceu normalmente nas cidades de Porto Alegre, Vitória, Florianópolis e Recife no intuito de discutir os benefícios que traria à sociedade a legalização da maconha, tais como: tolerância religiosa, enfraquecimento do tráfico, melhorias em tratamentos de câncer e HIV, diminuição das monoculturas de eucalipto para produção de papel, geração de emprego entre outros. Nas localidades onde foram proibidas algumas pessoas fizeram o necessário ato de desobediência civil (em algumas cidades, houve pessoas detidas por apologia) e outras farão outro ato no dia 10 de maio (sábado) nas mesmas localidades para protestar contra tamanha piada que é a justiça brasileira.


3 comentários:

Camila disse...

Democrático, né?!

só aqui no Brasil...


beijos daqui...

Maria Renata disse...

pois é. em que ano vivemos, msm? ah, 1968.
beijos!

Anônimo disse...

Bom, se eles tivessem lido esse livro (http://www.amazon.com/Just-Plant-Childrens-Story-Marijuana/dp/0976011727/ref=pd_bbs_sr_1?ie=UTF8&s=books&qid=1210623060&sr=8-1) quando pequenos, talvez não teria acontecido isso... beijos.