Uma afronta a liberdade de expressão aconteceu no Brasil neste domingo (4 de maio). A Marcha da Maconha, evento mundial que reivindica a legalização da planta *Cannabis*, foi proibida nas cidades de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza, Cuiabá, Salvador, Belo Horizonte e João Pessoa. Para realização da marcha, os organizadores se baseiam no inciso XVI do Artigo 5º da Constituição Federal que diz: "Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente". As justiças locais que vedaram a livre manifestação utilizaram-se dos argumentos de que a marcha vai contra à família, de que é apologia ao consumo e tráfico de entorpecentes e de que os site oficial da marcha tem domínio no estrangeiro e não responde às leis brasileiras.
É válido lembrar que a Marcha da Maconha é totalmente pacífica além de resgatar a solidariedade e proíbir a utilização da maconha e a presença de menores de 18 anos nos locais onde são realizadas. O fato da legislação brasileira não obter regulação para internet, não é problema dos organizadores da marcha. A reinvindicação dos manifestantes é de que ela seja liberada para fins medicinais, espirituais, industriais e recreativos. Sabe-se que o preconceito com uma das ervas mais consumidas do mundo vem da intolerância infundada praticada nos Estados Unidos no século passado. É fato também o consumo diário por todo Brasil, mesmo sendo ilegal, situação análoga ao aborto.
A Marcha da Maconha aconteceu normalmente nas cidades de Porto Alegre, Vitória, Florianópolis e Recife no intuito de discutir os benefícios que traria à sociedade a legalização da maconha, tais como: tolerância religiosa, enfraquecimento do tráfico, melhorias em tratamentos de câncer e HIV, diminuição das monoculturas de eucalipto para produção de papel, geração de emprego entre outros. Nas localidades onde foram proibidas algumas pessoas fizeram o necessário ato de desobediência civil (em algumas cidades, houve pessoas detidas por apologia) e outras farão outro ato no dia 10 de maio (sábado) nas mesmas localidades para protestar contra tamanha piada que é a justiça brasileira.
3 comentários:
Democrático, né?!
só aqui no Brasil...
beijos daqui...
pois é. em que ano vivemos, msm? ah, 1968.
beijos!
Bom, se eles tivessem lido esse livro (http://www.amazon.com/Just-Plant-Childrens-Story-Marijuana/dp/0976011727/ref=pd_bbs_sr_1?ie=UTF8&s=books&qid=1210623060&sr=8-1) quando pequenos, talvez não teria acontecido isso... beijos.
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